reprodução: acervo do Centro Sérgio Buarque de HolandaPOR: Giovanne ramos
Nascido em 1926, na cidade de Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, o geógrafo Milton Santos é um dos pensadores brasileiros mais reconhecidos e reverenciados do país, e fora dele também.
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O seu interesse por geografia foi despertado aos 10 anos, com as aulas de seu professor Oswaldo Imbassahy, quando estudou no internato Instituto Baiano de Ensino.
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Aos 15 anos de idade já ensinava matemática e geografia aos colegas de internato. Com 18 anos, ingressou na Faculdade de Direito na Universidade Federal da Bahia, mas nunca exerceu a profissão.
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Até 1964, ano que deixou o Brasil em razão do golpe militar, conduziu paralelamente uma carreira acadêmica, lecionando para o ginásio do colégio municipal e exercendo atividades públicas em Ilhéus.
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Teve uma vasta carreira no meio jornalístico, sendo jornalista e redator do A Tarde, o mais antigo jornal impresso baiano em circulação, e diretor da Imprensa Oficial da Bahia.
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No meio universitário, lecionou geografia humana na Universidade Católica de Salvador e foi professor catedrático de geografia humana na Universidade Federal da Bahia.
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Em 1958, concluiu seu doutorado em Geografia na Universidade de Strasbourg, na França, cuja tese foi intitulada 'O Centro da Cidade de Salvador'.
Em 1977, Milton Santos retorna ao Brasil. De 1979 a 1983 voltou a ensinar na Universidade Federal do Rio de Janeiro e, de 1983 até a sua aposentadoria, foi professor titular na USP.
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Durante o período que passou exilado, o pesquisador continuou analisando as estruturas de urbanização das cidades em países menos desenvolvidos, tornando-se referencial na crítica da globalização da escravidão.
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Para o geógrafo, a globalização não era possível e nem sustentável sem enfrentar as desigualdades do mundo capitalista, chegando a criar o conceito de 'globalização como perversidade'.
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Santos foi reconhecido em 1994 com o prêmio Vautrin Lud, considerado o 'Nobel da Geografia'. O baiano foi o primeiro fora do mundo anglo-saxão e o único brasileiro a receber a honraria.
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Após se aposentar, em 1997, recebeu o título de Professor Emérito da USP e continuou a pesquisar, publicar e orientar estudantes até o final de sua vida.
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“Eu me considero um intelectual 'outsider', coisa que é raro no Brasil: não pertenço a partido, grupos intelectuais, não respondo a nenhum credo, não participo de qualquer militância”.
- milton santos
Com um legado extenso na Geografia, principalmente nos campos da sociologia, economia e política, possui o título de Doutor Honoris Causa em 20 universidades nacionais e internacionais.