Câmara municipal de SP pode revogar as cotas raciais
Depois da aprovação do projeto de lei de Fernando Holiday na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidente da casa, Milton Leite (DEM), pode colocar projeto para votação
Texto: Pedro Borges I Edição: Nadine Nascimento I Imagem: Andre Bueno/CMSP

- Introdução:
Depois da aprovação do projeto de lei de Fernando Holiday na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidente da casa, Milton Leite (DEM), pode colocar projeto para votação
- Autor:
Texto: Pedro Borges I Edição: Nadine Nascimento I Imagem: Andre Bueno/CMSP
Um projeto de lei para revogação das cotas raciais ganhou parecer legal na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo. Se aprovado em plenário, a legislação municipal aceitará em concursos apenas cotas de caráter sociais para pessoas já inscritas em programas sociais do município e não autorizará mais cotas raciais.
O PL 71/2021, de autoria de Fernando Holiday (NOVO), foi aprovado na CCJ após parecer favorável do relator, Rubinho Nunes (MBL/União Brasil). Fernando Holiday é defensor das cotas sociais apenas, aquelas dedicadas a pessoas pobres, independente da identidade racial.
Paula Nunes, co-vereadora da Bancada Feminista (PSOL), critica a medida. "Mais uma vez o vereador Fernando Holiday tenta atacar o direito às cotas raciais. O projeto de lei foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, mas não deixaremos que ele seja aprovado em plenário. Diferentes gerações do movimento negro lutaram muito para conquistar as cotas e lutaremos para que elas sigam existindo".
Com a aprovação, o PL pode ser colocado para votação na casa a depender da decisão do presidente do legislativo paulistano, Milton Leite (DEM). A maioria da casa é controlada pela situação, por partidos e vereadores aliados ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Leia mais:
Cotas: após nove anos, revisão entra em disputa de avanços e retrocessos
Apoie jornalismo preto e livre! O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo e de outras ações com apoiadores. Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor. O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade. |