Rio de Janeiro vai mapear roteiros turísticos de cultura negra
Iniciativa voltada a circuitos de base comunitária também vai oferecer atividades de profissionalização a instituições participantes
Texto: Redação | Foto: Marcelo Piu/Prefeitura do Rio de Janeiro

- Introdução:
Iniciativa voltada a circuitos de base comunitária também vai oferecer atividades de profissionalização a instituições participantes
- Autor:
Texto: Redação | Foto: Marcelo Piu/Prefeitura do Rio de Janeiro
A Prefeitura do Rio de Janeiro publicou neste mês um decreto que estabelece a criação de uma iniciativa para reunir circuitos turísticos relacionados à cultura negra e oferecer atividades profissionalizantes a guias comunitários.
Os roteiros, que serão compilados pela Rede Afro-Carioca de Turismo - Rio: a Pequena África Brasileira, deverão ter base comunitária e incluir terreiros, pontos de gastronomia negra, quilombos, rodas de samba, grupos e centros de capoeira, funk, maracatu e outras danças afro-brasileiras
Também poderão fazer parte blocos carnavalescos, escolas de samba, rodas de rima e projetos ligados às artes visuais, cinema, teatro, literatura e favelas.
“O Rio é uma cidade que vive, pulsa e exala sua negritude. A cultura negra é um dos principais elementos formadores da identidade carioca, e diversas instituições da sociedade civil a têm resguardado por meio de projetos de turismo comunitário. Queremos mostrar que a cidade vai muito além do eixo centro-zona sul: nossos subúrbios, nossas vielas também são turísticos”, destaca Jorge Freire, coordenador executivo de Promoção da Igualdade Racial.
Além de identificar, mapear e divulgar os circuitos turísticos, a gestão municipal também promete oferecer atividades de profissionalização para os guias comunitários que atuam nas instituições membros da Rede.
O objetivo da ação é estimular a geração de renda e instrumentalizar a população que atua com o turismo comunitário.
“A Rede permite valorizar e divulgar ao carioca e ao visitante todos os nossos pontos conectados à herança africana. Isso descentraliza nosso turismo e gera emprego e renda no subúrbio. Além disso, os locais irão se fortalecer mutuamente e nossa secretaria irá apoiar com capacitação aqueles que recebem os turistas em cada espaço”, ressalta o secretário municipal de Turismo Antônio Mariano.
Desde o início do mês, a prefeitura realiza um cadastro de iniciativas interessadas em fazer parte da rede. Cerca de 50 instituições já foram cadastradas.
Leia também: Mercado Casarão recria experiência africana de desenvolvimento coletivo
Apoie jornalismo preto e livre! O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo e de outras ações com apoiadores. Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor. O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade. |