A política precisa dos jovens
A série “Estudantes na Alma Preta” traz as histórias de jovens da rede estadual de ensino da Bahia narradas a partir da perspectiva deles
Texto: Iana Sara Souza Santos

- Introdução:
A série “Estudantes na Alma Preta” traz as histórias de jovens da rede estadual de ensino da Bahia narradas a partir da perspectiva deles
- Autor:
Texto: Iana Sara Souza Santos
A política e o feminismo estão na minha vida desde que me conheço por gente, já era incluída da maneira mais breve possível, já tinha contato com esses cenários democráticos e já começava entender a importância de ambos pilares. Vai além de cargos, política para eu é mais do que poder aquisitivo, é tudo. Se você pode mudar um pedacinho do seu dia com uma atitude humana ou fazer algo por alguém, é política. Se por alguma postagem você puder ajudar uma pessoa sem ao menos saber, é política.
A ascensão da juventude na política e a desapropriação de todo o poder colocado nas mãos de políticos considerados experientes é algo que deve ser tratado como imediato. Diante da presença da velha política no cenário democrático, a juventude foi colocada para escanteio na construção do novo modelo político onde a mesma deveria ser a condutora, a protagonista. Devido a estas e outras problemáticas que queremos jovens assumindo a corresponsabilidade dentro da política brasileira. Com identidade da nossa geração movida pelo desejo de mudança para engrenar melhorias na nossa sociedade.
É direito nosso enquanto juventude estar incluso nos debates e nas decisões políticas que interferem direta e indiretamente no nosso futuro. Eu amo debates, eu amo troca de ideias , eu amo propostas, projetos, conversas inteligentes, eu gosto de estar inserida em assuntos do futuro, em assuntos que me elevem, que me façam grande realmente. É aquela coisa de ressignificar o termo poder, poder às vezes está na inteligência, no conhecimento, na inserção das atividades da sua cidade e etc.
Seria pura ingratidão não estar do meu lado, seria ingratidão não ser feminista, não me aceitar como uma mulher negra, não assumir meu Black Power e não amar tanto minhas raízes. Minha mãe, Jane Souza; minha avó, Dona Meire; e minha madrinha Alba Regina, que não se encontra mais aqui, são as mulheres mais fortes que eu conheço! As mulheres que me motivam a cada dia a ir longe, a buscar muito, a aguentar toda barra pesada. Essas três mulheres têm histórias incríveis e eu ainda quero ter a oportunidade de poder contá-las. Sonho com o dia em que as mulheres irão se apossar do seu papel político definitivamente.
Foto: Acervo Pessoal
Sobre a autora: Iana Sara Souza Santos é uma jovem de 17 anos, moradora de Wenceslau Guimarães, na Bahia, e estudante do Ensino Médio no Centro Territorial De Educação Profissional Do Baixo Sul.
Apoie jornalismo preto e livre! O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo e de outras ações com apoiadores. Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor. O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade. |