No litoral de PE, festival de surf destaca presença feminina e negra no esporte
Em sua 5ª edição, o 'TPM (Todas Para O Mar) Surf Festival' traz campeonato e programação completa dedicada às mulheres na Praia de Maracaípe; evento começa nesta sexta e segue até o próximo domingo (28)
Texto: Victor Lacerda | Edição: Lenne Ferreira I Imagens: Reprodução/Instagram

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Em sua 5ª edição, o 'TPM (Todas Para O Mar) Surf Festival' traz campeonato e programação completa dedicada às mulheres na Praia de Maracaípe; evento começa nesta sexta e segue até o próximo domingo (28)
Texto: Victor Lacerda | Edição: Lenne Ferreira I Imagens: Reprodução/Instagram
Começa nesta sexta-feira (26), e vai até domingo (28), a 5ª edição do ‘TPM (Todas Para O Mar) Surf Festival’, na praia de Maracaípe, a aproximadamente 60km do Recife. O festival, que tem como objetivo promover e dar a devida visibilidade a inserção feminina na modalidade, marca o o encerramento do mês da Consciência Negra. Entre as pautas, o evento traz à tona um debate importante sobre a dimensão da invisibilidade e necessidade de equidade no esporte.
De acordo com a organização em apresentação do festival, o surf no país evidencia uma forte desigualdade econômica, por ser um esporte caro, seus equipamentos não acompanham a realidade socioeconômica da maioria dos praticantes.
Ainda de acordo com a Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), atualmente o país possui 219 atletas profissionais na categoria masculina, enquanto na categoria feminina há somente 30, onde apenas 3 se autodeclaram negras. Tal dado se evidencia no ranking mundial, onde não há surfista negra na categoria ‘elite mundial’, bem como presente nas Olimpíadas deste ano. Atletas ainda destacam a falta de respeito com seus corpos, que são objetificados durante demais eventos com superior masculina.
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Surfista, articuladora social e feminista pernambucana, Nuala Costa é a idealizadora do festival
A idealização do festival fica por conta da surfista, articuladora social e feminista negra pernambucana Nuala Costa. Tendo como título de primeira surfista a representar o seu estado no circuito brasileiro, hoje, fomenta o esporte através do projeto homônimo do evento. Entre os pilares da ação, definidos por Nuala, estão empoderamento, geração de renda, inclusão social e equidade de gênero.
Na programação do festival, além do campeonato com direito à premiação, rodas de conversa, oficinas, debates e muita música. Para mais informações sobre o evento, acesse o link.
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